Na história do rock têm surgido, à semelhança de outros géneros musicais, vários virtuosos, ou seja, instrumentistas que se distinguem pela velocidade e qualidade na execução. Desde os anos 80 do século XX, surgiram nomes ligados à guitarra eléctrica, como Joe Satriani, Steve Vai, Ynqwie Mamstein, Eric Johnson e Jonh Petrucci .
Mas nos últimos dois anos, o executante mais falado tem sido Jeong-Hyun Lim (1984), um guitarrista coreano que se tornou conhecido através do site Youtube, onde publicou um vídeo no qual executava o Cânone de Pachelbel (1653-1706).
Mas creio que o seu sucesso se deve não só ao seu vistuosismo ( porque há mais executantes como ele), mas deve-se também à escolha do tema, uma vez que apresenta uma obra com cerca de 300 anos, com um novo arranjo e num estilo completamente diferente do original. Este vídeo foi comentado no The New York Times e em muitos programas de televisão americanos.
Esta interpretação levanta várias questões... será que chegou a altura de reinventar o repertório erudito? Devemos dar-lhe novos arranjos e utilizar novos instrumentos?
Existem várias opiniões diferentes acerca deste assunto, mas creio que este é um dos caminhos possíveis, uma vez que é uma forma de difundir e de dar a conhecer o extenso repertório erudito, tantas vezes esquecido, por puro desconhecimento.
Cânone de Pachelbel, por Jeong-Hyun Lim. Apresenta uma excelente improvisação, cerca dos 3.30.